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UMA CASA CHAMADA SELF

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Capítulo II "Os Princípios da Victória Rubane" Quê? Paulo Furai? Não amiga, esse aí não vale a pena! Faz o curso de Filosofia e por cima é bolseiro. Se pelo menos estivesse a cursar Engenharia, Medicina ou Direito, talvez valeria a pena. Agora Filosofia, já é demais, nem sequer tem emprego. – Disse a Neli desdenhando depois da Victória tê-la perguntado sobre o rapaz estranho que não se desgrudava dela na última festa. Aí amiga, que decepcionante, logo o Paulo! – Acrescentou frondosamente.  Obviamente, não se podia esperar uma opinião distinta da Neli, quem namorava um barão com o triplo da sua idade, quem sempre cinzelava no seu apartamento dia-após-dia presentes novos e valiosos do seu bofe, quem chamava o namorado de Ford Ranger por razões notáveis.  Era assim que se vivia naquela casa chamada "Self", ninguém queria ficar para atrás, os namorados já não eram chamados pelos próprios nomes, mas sim, por aquilo que faziam, por aquilo que davam ou

UMA CASA CHAMADA SELF

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Capítulo I  "A Festa de Boas-vindas" Alguns apelidavam aquele tempo como "tempo de guerra", tempo que o amor não existia mais, e o que falava eram os papéis dourados que vinham timbrados com números gigantescos e com rostos dos heróis mortos. Nada mais se falava, além do passado de cada estudante naquela casa de cor verde e branca apagada.  Quem quisesse namorar uma rapariga daquela casa tinha de ter esses papéis dourados, poucas vezes elas importavam-se com a beleza, a inteligência, o carácter, a simpatia, a generosidade e os planos reais que eles tinham com elas. Para elas, os papéis dourados já eram bastantes. Era uma espécie de sobrevivência em que só sobreviviam aquelas raparigas que tipicamente eram mais fortes (espertas).  As regras eram rígidas e bem claras, ninguém devia namorar rapazes (homens) pobres, quem quisesse suportaria com as sequelas. A transmissão dos pertences baseava-se num princípio lógico, embora excitador a caminho

Eu ainda te amo…

Porquê fingir que não te amo mais? se ainda vives nos meus pensamentos se ainda me lembro do nosso primeiro beijo Como se tudo ainda fosse ontem… Porquê fingir que não sinto mais saudades? se por dentro eu morro de vontades de querer estar nos teus lindos braços e desfrutar-me dos teus belos amasso Porquê fingir que já te esqueci? se ainda sonho contigo em todas as noites se ainda me lembro do teu cheiro, e até do teu aniversário… Porquê fingir…? Porquê fingir…? se ainda tenho as nossas fotos guardadas se ainda tenho o teu número guardado se ainda penso em te ligar… Porquê fingir que está tudo bem? se todos os dias escrevo-te chorando cartas de amor verdadeiro exprimindo que te amo… Lavimó da Verónica

O Amor

É a coisa mais perfeita que já vi É a coisa mais bonita que já vivi É sorridente quando bem vivido É melancólico quando mal entendido É sorrir sem motivos para sorrir É ferir sem vontade de ferir É gostar de tudo, até dos defeitos, e acha-los perfeitos… É estar cego por vontade própria É estar preso a alguém, E não ver mais ninguém… É um ciúme desconhecido É um gostar mais do que querer É por outro, morrer e viver… Lavimó da Verónica

Amante

Sou amante de quem me escreve “Eu amo-te” antes de me deitar Sou amante de quem se fina – leve Olhar bonito nas manhãs ao acordar Quem me é amante sempre deve outros amantes rejeitar… Se não é só amante, não serve Para ser amante, eu estar… Amante é amante… Não é amante quem não ama Mas amante pode não amar Quem me é amante, ama e sente Quem me é amante, faz-me mimos   Quem me é amante, amar-me deve… Lavimó da Verónica

Recados

Meus pensamentos estão em ti perdidos São lindos versos que compõem um poema De amor, para adocicar os teus ouvidos Versos estes, cinzelados na minha alma Alguns, versos feios e rasgados! De quem não te quer amar, mas te ama Traçados e cuspidos nestes recados Que te envio p’ra lê-los na tua cama Vou exprimi-los bem no teu peito Estender as melancolias no teu leito Que deixam toda a minha alma em chamas São mágoas do teu despeito… Mas me engano a teu respeito Pois, a verdade, tu dizes que me amas Lavimó da Verónica

Amor e Ódio

Não sei se o que ainda sinto é amor Ou de tudo, sobraram apenas mágoas Ou se o amor transformou-se em dor Que me arranca o peito deixando nódoas Mas saiba que te amei profundamente Que nunca quis alguém assim, como te quis Que nunca me entreguei tão vivamente Por um amor assim outrora, aos infiéis Nunca, nunca vou parar de te amar e odiar Tu foste com tudo, senão toda a minha vida Que te escrevo nesta folha p’ra ser lida… Quem mais o meu coração devo confiar? Se repentinamente tu partiste toda vivida Mas ontem, ficaste loucamente despida… Lavimó da Verónica

Amante Desconhecido

Sou apenas um amante desconhecido Que míngua loucamente e morre perdido Que te acha perfeita, mesmo imperfeita Que cega os teus defeitos e os aceita Sou aquele que te quer como um doido Que te sonha a qualquer hora escondido Que conhece a tua preferida receita Que te acha bonita e nunca te rejeita Sou quem por ti anda sempre sofrido Quem te quer para toda a vida inteira Quem contigo quer tanto ser querido Sou tudo, menos nada que conheces Quem chora quando te vê chorando Quem de longe ama-te e não sabes Lavimó da Verónica

Que te cases eternamente

Que te cases eternamente Assim a minha mente mente Que me rio de felicidade Se te vejo polida de beldade Sê sempre a minha amante Que me ama e me desmente Ama-me como na mocidade Qu’inda te amo de verdade Vamos fugir p’ra bem longe Enterra as feridas do passado Que te juro ser perfeito como Deus Tu partiste, Deus fez-me monge Nunca mais amei assim perdido Não, não te cases, não digas adeus Lavimó da verónica

Inara

Não te enganes, ó minha doce Inara Não há neste mundo uma primavera Não há neste mundo um soprar do vento Capaz de enterrar o meu amor atento Quero-te para toda a minha vida inteira Contigo brotar prantos e semear a terra Ver o florir das tuas rugas no meu leito E todos os dias amanhecer no teu peito Mas tu não me queres como te quero Pois, eu amo-te somente nas escondidas Entre a amizade e o namoro… Escrevo-te prendas quando choro Caem-se as folhas e soam despedidas Que se te canto a verdade, eu morro… Lavimó da Verónica